Um dos modais mais importantes para a
indústria e para a logística no Brasil é o transporte marítimo, que ainda não
tem todo o seu potencial devidamente utilizado pela extensão litorânea de 9.198
km, sua importância está diretamente ligada a intermodalidade, à geração de
novos empregos, ao aumento na movimentação de cargas no país e ao
fortalecimento do setor de logística no mercado nacional.
Muitos rios do Brasil são de
planalto, por exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a
navegação, é o caso dos rios Tietê, Paraná, Tocantins e Araguaia, outro motivo
são os rios de planície facilmente navegáveis (Amazonas, São Francisco e
Paraguai), os quais encontram-se afastados dos grandes centros econômicos do
Brasil.
Quando iniciou o Transporte Marítimo
no Brasil
A partir dos anos 50, Pós-Segunda
Guerra Mundial, teve inicio o transporte de matérias – primas e de mercadorias
ao longo da costa brasileira. A maioria dos portos brasileiros não acompanharam
a evolução tecnológica do transporte marítimo, que exige águas mais profundas,
disponibilidade de frentes de atracação, instalações de grande capacidade e
especializadas para movimentação de contêineres e granéis.
A partir de meados da década de 1960
desenvolveu-se um novo tipo de mercado de transporte aquático o do contentor ou
contêiner, estas embalagens revolucionaram não só o transporte propriamente
dito, mas também toda a cadeia logística, desde o produtor ao consumidor.
Em 1999, com economia estabilizada e
índices de inflação controlados, o país aparentemente retoma seu crescimento e
possibilita uma nova investida no transporte marítimo por cabotagem, período
oportuno em que surge a Mercosul Line, uma empresa brasileira que foi criada
visando suprir esse novo mercado em plena expansão, principalmente no que tange
à carga contêinerizada.
Segundo especialistas, a cabotagem
sem dúvida é considerada um modal muito promissor e o Brasil que é um país que
apresenta aproximadamente 7.400 km de extensão de costa navegável, onde as
principais cidades, os pólos industriais e os grandes centros consumidores
concentram-se no litoral ou em cidades próximas a ele, o segmento de cabotagem
surge como uma alternativa viável para compor a cadeia de suprimentos de
diversos setores principalmente com o conceito porta-a-porta.
Afinal, são oito bacias com 48 mil km
de rios navegáveis, reunindo, pelo menos, 16 hidrovias e 20 portos fluviais.
Entre 1998 e 2000, 69 milhões de toneladas foram movimentadas. Modernizado e
adequado às exigências de um mundo globalizado, o transporte marítimo pode
diminuir distâncias internas e ser decisivo na consolidação do Mercosul, além
de aumentar o comércio com os demais continentes.
Qual o custo
Outro grave problema em relação aos
portos é o custo de embarque por contêiner, apesar de ter diminuído em quase
US$ 300, o valor ainda é muito alto comparando-se aos portos estrangeiros.
Há muita burocracia e os portos
nacionais ainda não têm o mesmo preparo que os europeus ou asiáticos, falta
preparo e maiores investimentos para suportar um aumento significativo nas
exportações.
Onde são realizados
Apesar de todas as dificuldades que
enfrenta com portos ainda inadequados, burocracia e altas tarifas, o setor
movimenta mais de 350 milhões de toneladas ao ano, fica fácil imaginar o quanto
este número pode melhorar se houver uma preocupação e um trabalho efetivos para
alterar este quadro, são 16 portos com boa capacidade, com destaque para os de
Santos (SP), Itajaí (SC), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Paranaguá
(PR) e Vitória (ES), além de duas hidrovias para o transporte fluvial no
interior do Brasil e com os países vizinhos do sul e sudeste (as hidrovias
Paraná-Paraguai e Tietê-Paraná), então fazer o setor, responsável por 11,72% do
movimento de carga registrado no país, crescer é difícil, mas não impossível.
O transporte hidroviário no Brasil é
regulado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), tem por
objetivos implementar as políticas formuladas pelo Ministério dos Transportes e
pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte e regular,
supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte
aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária, exercida
por terceiros com vistas a garantir a movimentação de pessoas e bens, em
cumprimento a padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade,
pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas; harmonizar os interesses dos
usuários com os das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e
arrendatárias, e de entidades delegadas, preservando o interesse público e
arbitrar conflitos de interesse e impedir situações que configurem competição
imperfeita ou infração contra a ordem econômica.
Quais os portos
Nos últimos anos têm sido realizadas
várias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros navegáveis, eclusas
são construídas para superar as diferenças de nível das águas nas barragens das
usinas hidrelétricas., é o caso das eclusas de Tucuruí no rio Tocantins, de
Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no rio Paraná.
O Brasil tem os portos marítimos mais
movimentados da América Latina, com destaque aos portos de Santos, Paranaguá,
Rio de Janeiro/Niterói, Vitória e Itaqui (São Luís).
O transporte marítimo pode englobar
todo o tipo de cargas desde químicos, combustíveis, alimentos, areias, cereais,
minérios a automóveis e por ai adiante. A carga chamada carga geral é
transportada em caixas, paletes, barris, contentores etc., o empacotamento de
carga que mais contribuiu para o desenvolvimento do transporte marítimo desde a
década de 1960 é o uso de contentores, que padronizados permitem o transporte
de carga de uma forma eficiente e segura, facilitando o transporte e arrumação
da carga dentro dos navios.
Postado por: Aylson
Pesquisado em:
www.administradores.com.br
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