domingo, 16 de novembro de 2014

Hidrovia São Francisco


Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, a Hidrovia do São Francisco é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o Centro-Sul e o Nordeste. Há muito tempo o Rio São Francisco ocupa lugar de destaque no transporte aquático nacional, recebendo até mesmo a denominação de Rio da Integração Nacional durante o Regime militar.
O rio São Francisco é navegável em 1.371 km, entre Pirapora e Juazeiro / Petrolina, para a profundidade de projeto de 1,5m, quando da ocorrência do período crítico de estiagem (agosto a novembro). Sem saída para o Atlântico, em função principalmente das barragens das hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingó, o rio São Francisco tem seu aproveitamento integrado ao sistema rodo-ferroviário da região.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas. As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e sub-médio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total. A área compreendida entre a fronteira Minas-Bahia e a cidade de Juazeiro, representam 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.
A partir da implantação do sistema multimodal, o escoamento da produção agrícola do oeste da Bahia, com foco na cidade de Barreiras, banhada por um dos seus principais afluentes, o rio Grande, é realizado por rodovia até a cidade de Ibotirama na margem do São Francisco, descendo o rio pelo transporte hidroviário até Juazeiro/Petrolina, e deste, por ferrovia, para o Porto de Aratu. No quilômetro 42, acima de Juazeiro/Petrolina, situa-se a barragem de Sobradinho, cuja transposição é realizada através de eclusa. A movimentação anual fica em torno de 60.000 t/a.
A hidrovia do São Francisco, através do programa Avança Brasil, passa por uma etapa de grandes intervenções físicas. Aliadas a isso estão as ações de operacionalidade da via.


Pesquisa:
http://www.ahsfra.gov.br/

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