Governo Federal irá investir US$ 100 milhões e a iniciativa privada do Uruguai US$ 50 milhões.
A Hidrovia Brasil-Uruguai, considerada o ponto de partida para elevar a participação do modal hidroviário na matriz de transportes do Estado e do Brasil, vai demandar investimentos de cerca de US$ 100 milhões do governo brasileiro, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e de U$ 50 milhões de parte da iniciativa privada do Uruguai. As projeções foram apresentadas nesta terça-feira, em Porto Alegre, e fazem parte do Estudo de Viabilidade Técnica-Econômica e Ambiental (EVTEA), coordenado pela Administração das Hidrovias do Sul (AHSul) e executado pelo consórcio Ecoplan-Petcon.
O projeto prevê a ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos para a navegação comercial e beneficiará especialmente o eixo Mercosul – Chile, devido à conexão em seus extremos com as malhas ferroviárias e rodoviárias uruguaias e brasileiras. Essa ligação formará um corredor multimodal de aproximadamente dois mil quilômetros.
Já no Rio Grande do Sul, a implantação deverá trazer novos investimentos com a instalação terminais ao longo dos rios e lagos. “Há um grande interesse porque esse é um projeto binacional, que proporcionará transporte limpo, com menos periculosidade e menos custo”, explicou o superintendente da AHSul, Eloi Spohr.
Em 2011 o modal rodoviário absorvia 52% do transporte de cargas, o ferroviário 30%, o hidroviário 13% e o dutoviário e aeroviário foram responsáveis por 5%. Para 2025, a projeção é de que o rodoviário caia para 30% e o ferroviário e o hidroviário subam, respectivamente, para 35% e 29%.
Segundo Spohr, o principal benefício da implantação será referente à economia. “Em países desenvolvidos grande parte da riqueza é transportada pelo modal hidroviário, porque tem um custo mais barato do que os sistemas do modal rodoviário. Se implantarmos aqui irá fortalecer a economia brasileira”, esclareceu.
Para a elaboração do estudo os trabalhos de pesquisa realizados no Brasil contemplaram as bacias da lagoa Mirim e da lagoa dos Patos, o lago Guaíba, a lagoa do Casamento, os rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Camaquã e Jaguarão. No Uruguai foram avaliados os rios Cebollatí e Tacuary. A iniciativa privada do Uruguai será encarregada das obras de instalação de terminais e de dragagem.
Autor: Aylson
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/
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